Felipão e Ronaldo calam os críticos
de toda a imprensa nacional, que chamava o técnico do Brasil de burro e criticava a convocação do
jogador. Com dois gols marcados na vitória da seleção, Ronaldo se torna o terceiro maior artilheiro
de todas as copas do mundo, igualando a marca de 12 gols do rei Pelé e ficando a três de ser o maior
da história do futebol. Depois de dois anos e meio de cirurgias e fisioterapia, desacreditado por
todos, Ronaldo encontrou na teimosia do técnico Luiz Felipe Scolari a chance de voltar a brilhar. E
o fez, sendo o maior destaque desta Copa, ao lado de Rivaldo e o goleiro alemão Oliver Khan.
Aliás, se existe outro grande vencedor nesta copa, é o Felipão. Vaiado pela torcida e esmagado pela
imprensa por levar Ronaldo para a Copa e por deixar Romário fora da lista, Felipão continuou sendo
criticado por quase toda a competição, até a vitória sobre a Bélgica. Dono de um estilo paternal com
os jogadores e irônico com a imprensa, o técnico conseguiu pegar um Brasil desacreditado e confuso,
botar ordem na casa e chegar a uma conquista merecida, sem qualquer margem de dúvidas. E histórica
por vários motivos: o Brasil agora é o único pentacampeão do mundo e só pode ser alcançado - pela
Alemanha ou Itália - em 2010, se perder as duas próximas copas. Tem, pela primeira vez, o artilheiro
da Copa, Ronaldo com 8 gols. De quebra tem o vice-artilheiro, Rivaldo com 5 gols. Teve 100% de
aproveitamento em uma Copa, com sete vitórias em sete jogos (o primeiro a conseguir isto). Em 87
jogos, a seleção Brasileira venceu 60 (68,97%), outro recorde mundial (a Alemanha, que vem em
segundo, tem apenas 50).
Choro, graça, emoção e bom futebol
assim foi a final da Copa da Coréia do Sul e Japão, uma das melhor organizadas da história e a que
teve os melhores estádios, quase todos construídos especialmente para a competição. Ironicamente o
de Yokohama já existia antes da Copa e acabou sediando a final. Foi um jogo perfeito para quem gosta
de futebol. Teve a cômica troca de camisa de Edmiílson (a famosa camisa milionária da Nike passou
por vários vexames nesta copa - um deles foi este, em que o jogador não conseguia vestir a "coisa").
Teve o choro sem controle de Ronaldo, já no banco, sentindo que finalmente dava a volta por cima e
vencia todos os obstáculos que a vida lhe jogou pela frente. Teve o choro de Cafú, único jogador da
história a fazer três finais de copa, ganhando duas. Teve a irreverência da seleção durante a
premiação: Cafú subiu no pedestal oficial para levantar a taça, os jogadores quebraram o protocolo,
sentaram no podio, receberam as medalhas enrolados na bandeira brasileira. Teve a alegria do rei
Pelé, um dos que disseram que a Alemanha era favorita. Teve o carinho de Felipão e Pelé para com o
técnico alemão Voeller. Teve Oliver Khan chutando a bola em cima do técnico brasileiro. Teve a
arbitragem perfeita de Pierluigi Collina, sem dúvida um dos melhores árbitros do mundo. Depois do jogo ele
comemorava como uma vitória pessoal, pela boa atuação. Teve as boas defesas da zaga e do goleiro
Marcos. Teve a brilhante partida de Kléberson. Teve boas chances de gol de ambos os lados. Teve um
Roberto Carlos impecável. Teve muito futebol e nenhuma violência. Foi, como diria o Skank, uma "boa
partidfa de futebol."
Festa brasileira no mundo todo
inclusive no Japão, onde a colônia brasileira saiu às ruas de cidades como Toyota, onde os
brasileiros da comunidade "Little Brazil" não param de comemorar. Os 68 alunos brasileiros de uma
escola local enviaram, esta semana, cartões de "boa sorte" feitos por eles mesmos aos jogadores. A
pequena Maria, de 7 anos, escreveu "Ronaldinho, eu te amo. Faça um bonito gol para nós," ao lado de
um grande coração cor-de-rosa. Por todo o Japão bares, cafés e restaurantes foram invadidos pela
torcida brasileira e coloridos de verde e amarelo. São cerca de 270 mil brasileiros espalhados
pelas cidades japonesas. A vitória do Brasil leva um momento de alegria para a comunidade, que tem
visto os empregos desaparecerem com a atual crise econômica do Japão. Do outro lado do mundo, em San
Diego, no estado americano da California, os brasileiros também foram às ruas, que já são em boa
parte dominada por eles. A comunidade brasileira na cidade é grande e atuante, assim como as de Los
Angeles. "Ver a vitória do Brasil aqui é como dar uma resposta aos americanos, que nos vêem como
seres de classe inferior," diz Marcos Oliveira, "pelo menos em uma coisa somos inatingíveis a eles."
São Paulo é condenado a devolver R$4,1 bi
para a Educação. A determinação é do juiz da 12ª Vara da Fazenda Pública, João André de Vincenzo. A
Ação Civil Pública foi ajuizada pelo promotor Motauri Ciocchetti de Souza, da Promotoria de Defesa
da Infância e da Juventude. A condenação de primeira instância foi gerada depois das irregularidades
detectadas na CPI da Educação. De acordo com a CPI concluída no ano 2000, o dinheiro da educação foi
desviado para pagamento de despesas no Jardim Zoológico, aposentadorias, manutenção da Fundação
Padre Anchieta (TV Cultura), Memorial da América Latina, aquisição de merendas, dentre outras. A
CPI, com atuação dos deputados estaduais Mariângela Duarte (PT) e César Callegari (PSB), reuniu
cerca de 6 mil documentos oficiais e provas conclusivas de pelo menos 14 irregularidades. Segundo a
CPI, houve um desvio de aproximadamente R$ 7 bilhões no período de 1995 a 2000, no Governo Covas.
(Revista Consultor Jurídico)
Ministro da Justiça comanda a Força-Tarefa
de combate ao crime no Rio de Janeiro com dedicação exclusiva e prioridade absoluta em todos os
requerimentos feitos nas esferas municipal, estadual e federal. Esta é uma das dez medidas
anunciadas pelo governo federal para fazer frente ao domínio da bandidagem na cidade. Entre as
outras medidas estão: a inclusão da Receita Federal e do Ministério Público na Força Tarefa; a
criação de 6.000 cargos de guarda da Polícia Federal para exercer o policiamento marítimo,
aeroportuário, de fronteiras e ostensivo; intensificação do policiamento e fiscalização nas
fronteiras, estradas, aeroportos e portos. O plano foi anunciado depois que a prefeitura do Rio de
Janeiro foi metralhada durante a madrugada por supostos traficantes. O jornalista Cláudio
Humberto lembrou episódio ocorrido em 1997, em Brasília, quando a campanha eleitoral de 98 já
estava nas ruas. Um atentado a tiros contra o Palácio do Buriti, numa madrugada, foi considerado
suspeito na época. O governador era Cristovam Buarque (PT) e Roberto Aguiar seu secretário de
Segurança. Ele é o mesmo do governo de Benedita da Silva. Já o ex-governador Anthony Garotinho, que
deu a entender que o tiroteio era igualmente suspeito, foi mais longe: pediu a demissão do
secretário.